poesia, caos, recomeço

o que sobra de uma artista quando o ano chega ao fim

Dois mil e vinte quatro não foi um ano qualquer. Certamente todos os “tantos” que couberam nessa fatia do tempo orquestraram a revolução que tomou conta do meu corpo. Não duvido que por aí tenha sido parecido. Se os tempos já não eram fáceis para os sonhadores, imagina para os artistas que insistem em roer esse osso: sonhar porque sim. Tô fechada pra balanço mas tô inteira. E arrisco dizer que minha musculatura interna nunca foi tão forte, para as artes, para as tempestades, pra tudo que está por vir.

Um dia de cada vez foi a frase que me tirou do medo lá em agosto quando comecei a pensar a minha papelaria 2025. Medo de sofrer grande demais já que lançar papelaria é o trampo punk do ano, medo de errar feio e ninguém se conectar com essa inspiração, medo de ficar tanto tempo longe das "quartas-feiras” em meio a montanha de tarefas que se formaria. Então, fui colocando em prática cada etapa do desenvolvimentos dos produtos, pintando, desenhando, produzindo, testando, fotografando, filmando, editando, vendendo, enviando - num ballet de gerúndios que caminhou no ritmo possível. Mas caminhou muito bem e tô perfumada de orgulho.

Depois de Planner, Calendário, Planner Anual de Parede cheguei ao último item da papelaria 2025: a Agenda Permanente ou Diário. Aquele modelo tradicional para quem gosta de uma página por dia, planejando no seu tempo e ritmo. Um dia de cada vez, mas nem sempre todo dia! Ou para aquelas que são da vibe Diário da adolescência e gostam de escrever frequentemente como se existisse ali uma confidente fiel e compassiva, com a melhor escuta ativa do planeta. Gosto de imaginar que essa agenda é casulo seguro para minhas palavras se derramarem. Voilá, meu último item de papelaria chegou:

Nem uma gota menos importante e simultaneamente, um outro objeto entrou para a coletânea de coisas especiais no site. “Todas as coisas que já não são minhas" é um livro de poesia da escritora Renata Machado que me arrebatou. Durante a leitura tive a intrigante sensação de que aquelas páginas me esperavam há muito tempo, que bom que as encontrei. Como borboleta, esse livro pousou na minha vida no instante certo e hoje tenho a honra imensa de contar que ilustrei uma edição especial e limitada a convite da Editora Mireveja! Nossas artes se abraçaram e estou transbordando de alegria. A edição especial acompanha Postal e Marcador e já está disponível no meu site:

O que sobra de uma artista em dezembro é bastante cansaço e um atelier a espera de outras possíveis eus num ano que já já vai sorrir. Entre todo o caos que me atravessou nos últimos meses e compõem o lado b que ninguém vê, me atrever a fazer da arte - fôlego - ainda é o remédio mais curativo que encontrei. (Se souber de algo melhor, me avise?) Não ter aberto mão dessa newsletter e ver as assinantes raiz crescendo é minha confirmação de que a escrita não me escapa. E os recomeços também.

Tem mais novidades no site:
- Novas estampas de xícaras: Sou Poesia e Calma.
- Reposição do estoque do Mat Borboleta Azul e Abstrato. *poucas unidades, aproveita!

💌 A versão da assinante-raiz contém: feedback de como foi a black friday da firma Amanda Mol®️, confissões de adulta e cupom de desconto pra comprar os lançamentos.