Bonjour, pra não perder la tradition. Escrevo de uma quinta-feira pela manhã, nutrida com o puro suco do estusiasmo - sentimento que sou tomada quando vivencio uma turma do curso de Processo Criativo. A turma 4 aconteceu nesta semana, em dois encontros, e fico sempre muito reflexiva depois de compartilhar esse conteúdo porque revisito cada etapa do que tenho vivido nos últimos 2 anos e meio! Desde o início da “travessia” para meu novo lar, iniciei uma transformação no meu próprio trabalho. Não poderia ser diferente - eu também estava mudando - e muito. Me permiti arriscar um novo caminho artístico entendendo que o que preencheria meu "ser criativo” agora seriam novas coisas: ou eu seguia essa intuição ou adoeceria.
Parece estranho escrever com precisão sobre a possibilidade de adoecer. Mas é realmente o que acontece com as almas artistas que não estão sendo vistas, ouvidas, contempladas. Quanto mais distantes estamos dessa “criança interior” mais enrijecidas vamos nos tornando em nossas personas adultas (etapa do game vida que por si só já é cheia de impasses). Lá no fundo, sentimos uma saudade imensa da liberdade criativa que um dia conhecemos. Pra mim era questão de sobrevivência: ou essa “criança livre” acompanharia esta nova fase da minha vida ou eu enlouqueceria. Agora seria o momento, mais do que nunca, de não me limitar criativamente! Não sou o meu trabalho, mas talvez eu seja sim a minha arte.
Falar sobre o processo que o feed não vê se tornou minha agenda. Não só porque virou o meu curso mas porque é meu objeto de estudo e meu estilo de vida real de todo santo dia. Tenho orgulho de viver de arte, desde quando fazia acessórios artesanais, customizava camisetas e vendia na feirinha de artesanato da praça do Et, desde quando a Brava Galeria neeeem sonhava existir. Cada miçanguinha encaixada no fio de nylon na minha infância, cada aula do meu curso de Moda no Senai Cetiqt, cada pincelada de tinta a óleo nas aulas da Tia Vera…me trouxeram ao que desejo com a minha arte: a liberdade de poder viver diferentes fases sem medo de ser exatamente quem sou.
E não é diferente com outros artistas. Ouvindo as alunas do curso e pesquisando cada vez mais diferentes processos criativos vejo que poder mudar e não precisar “caber no previsível” são questões que atravessam todas nós. Dilemas que uma criança jamais pensaria inclusive (por essas e muitas outras que não podemos nos afastar delas). Fazer arte é um recurso acessível para expressar nossa subjetividade e dizer TANTO, sem precisar falar tanto. E é exatamente o processo - e não a obra em si - que preenche nossa alma confirmando que buscar sentido no processo criativo é o que traz alavanca pra dar conta de todo o resto. Arte é nosso fôlego porque abre espaço pra sermos o que desejamos.
Tem um novo quadro no podium do meu coraçãozinho: FLEURS! A fase 2 da Série Mon Jardin começou e as primeiras pinturas já foram pro bravagaleria.com.
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- meu processo criativo atual: o que será a fase 2 da Série Mon Jardin
- referências de livros encorajadores que compartilhei no curso
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